LITERATURA, MÚSICA, CINEMA, ATUALIDADES E OUTRAS DELÍCIAS...

30 de abril de 2021

Como viver da escrita e ganhar muito dinheiro no Brasil


Ainda hoje eu me lembro bem da ansiedade que senti em meu primeiro dia de aula. Eu estava com receio de deixar meus pais e desbravar um novo mundo, mas de alguma forma eu intuía que aquele momento mudaria a minha vida e foi exatamente assim que aconteceu.

Eu já amava os livros, mesmo quando as letras ainda eram um mistério e me lembro dos gibis em que ficava tentando adivinhar o que estava escrito nos balões e quando liam para mim era um sonho que se abria, um local de fantasia em que eu podia ser qualquer pessoa, qualquer personagem, poderia viajar para onde eu quisesse sem sair do lugar.

Ah! Mas as letras, quando enfim abriram os seus mistérios para mim eu não tinha mais dúvidas: viver da escrita se tornaria e seria o meu maior sonho.

Quando passei a responder àquela famosa pergunta que fazem às crianças: “O que você quer ser quando crescer?” Eu respondia: escritora. Mas aí logo vinha a desilusão: “É melhor escolher outra coisa que isso não é profissão e não faz ninguém ganhar dinheiro no Brasil.”

Eu achava estranho, pois grandes escritores que lia na infância e adolescência passaram a viver da escrita e suas obras ultrapassaram os séculos e se tornaram imortais.

Com o tempo, infelizmente, fui percebendo que os livros não estavam ao alcance de todos e quando estavam, muitos não se importavam em lê-los. A língua portuguesa, tão rica, foi empobrecendo no dia a dia, em meio a tanta desigualdade social e econômica. Como a maioria dos brasileiros, sem oportunidades, muitos poderiam ser comparados ao personagem Fabiano de Vidas Secas de Graciliano Ramos, em que o autor humanizou a cadela de estimação Baleia que, com seus olhares e latidos expressava como “palavras” o que os personagens eram incapazes de exprimir para lutarem contra a fome e as injustiças sociais.

Eu sempre me perguntei o porquê de o mundo inteiro não falar a mesma língua e isso me despertou o desejo de estudar outros idiomas, cultura, literatura e história de outros países, especialmente a inglesa, e entrei para a faculdade de Letras. Mas com o tempo deparei-me com outra realidade extremamente triste e espantosa, ou seja, a situação da educação brasileira se encontrar no patamar onde está com tantos analfabetos funcionais que sabem ler e escrever, mas não conseguem interpretar e entender um texto de jornal, um conto, pois até então não compreendia que o analfabetismo tinha vários níveis e categorias, uma realidade que precisava mudar e que hoje começo a vislumbrar com um pouco mais de esperança que viver da escrita está se tornando cada vez mais possível e essencial.

Com a pandemia do Novo Coronavírus e a necessidade das empresas, comércio, escolas, empreendedores, enfim, todos nós nos adaptarmos ao regime de Home Office trouxe a necessidade de nos comunicarmos de forma coesa e coerente nos diversos meios digitais e a importância da clareza na comunicação se tornou decisivo no sucesso de um negócio.

Antes, se mandássemos um e-mail confuso no escritório poderíamos nos explicar em uma reunião presencial e reverter o processo de uma negociação fracassada, mas hoje, ficou cada vez mais difícil causar uma segunda boa impressão.

Nunca foi tão importante o trabalho dos redatores profissionais neste momento de crise e com tantas mudanças no “novo normal” que estamos vivendo, pois, eles se tornaram peças-chave e a ponte entre as pessoas e as empresas, separados apenas pelas telas dos computadores e celulares.

Hoje o campo é fértil para aqueles escritores que querem se revelar ao mundo com aquele sonho escondido dentro de uma gaveta em meio a tantas coisas a fazer e o famoso “deixa para depois.” Viver da escrita é perfeitamente possível, mas é preciso ter coragem, força e garra para tentar e agir.

A profissão de redator é antiga, mas o contexto em que estamos é novo e o mercado precisa de cada vez mais profissionais qualificados atuando na linha de frente da comunicação.

É imprescindível que, independentemente de alguém se tornar um escritor profissional ou não, que todos possam se comunicar de uma forma compreensível, pois já me deparei com textos de estagiários de faculdade muito bem escritos à primeira vista, mas que não obedeciam às instruções claras sobre o tema, ou seja, que abordavam assuntos completamente diferentes do que foi proposto, ou, que começavam a abordar a questão, mas que, no meio do texto mudavam de assunto. Para quem quer viver da escrita é preciso ler muito sobre vários temas e escrever diariamente como um exercício constante, pois a língua é viva e está em constante avanço e transformação.

Com a prática, muito estudo e suor para empreender, acredito que seja possível que bons redatores ganhem muito dinheiro trabalhando com redação e prestando serviços de onde quiser para várias partes do mundo. Mas antes é preciso profissionalizar este mercado e a cultura das empresas ao reconhecer que um bom texto atrairá clientes, negócios e vendas e consequentemente o crescimento no faturamento e economia do país, ou seja, todos ganham.

Outra coisa que é muito importante é que os redatores se valorizem também e que não apresentem seus trabalhos como se fosse um mercado de leilões, em que quem cobra menos faz o trabalho, assim a concorrência se torna desleal e os trabalhos de qualidade não são valorizados.

Um excelente redator profissional para viver da escrita precisa aprender sobre diversos temas e nichos de negócios, ser bom de pesquisa, compreender a persona do negócio do cliente, ou seja, o que pensa, sente, o que a faz decidir sobre a compra de um produto e escolha da empresa. Ser antenado com o que acontece na sociedade, como funcionam os pensamentos e a fonte dos desejos do comprador em potencial. Ou seja, não é algo que se faz sem refletir, analisar, argumentar, conhecer um pouco de tecnologia, marketing digital, SEO, inbound marketing, comunicação, empatia, poder de persuasão e negociação. Enfim, ser um profissional completo.

Para concluir, fico extremamente feliz ao me lembrar daquela menina sonhadora que eu era e que não desistiu de um dia viver da escrita e mesmo tendo escolhido outra profissão no passado, nunca deixou de acreditar que um dia poderia ser bem remunerada como escritora no Brasil.

 

9 de abril de 2021

Uma carta para o Céu

 


Meu querido Pai! Hoje a saudade bateu mais forte, pois faz 20 anos que o senhor cruzou a ponte para o outro lado da vida e parece que foi ontem... sinto a sua falta e gostaria muito que a tecnologia entre os dois mundos estivesse tão avançada a ponto de podermos fazer uma ligação de vídeo... queria te contar tanta coisa... mas o senhor de alguma forma sabe, sei que sabe, sei que vê...
O mundo por aqui anda tão complicado e de alguma forma é reconfortante saber que estás em um plano melhor.
Hoje minhas mãos se levantam aos céus em oração por todas as famílias que perderam seus entes queridos nessa pandemia e dizer que o vazio do luto é eterno, assim como o amor, mas o tempo ameniza e passamos a sentir a presença dos nossos de outra forma, por meio de um sonho, que quando vem nos sentimos os seres mais sortudos e gratos do mundo, e também por meio de um perfume que sentimos, a lembrança do som do riso e da voz... dos ensinamentos que recebemos e do exemplo de vida, enfim... nos percebemos mais sensíveis, mais lúdicos, mais metafóricos... Mas o amor, ah o amor... sempre está lá, muda de forma, mas não perde a intensidade... Te Amo Pai!! E nunca vou parar de agradecer por ter me escolhido como sua Filha, sinto que não poderia ter privilégio maior... 💝💝💝


4 de abril de 2021

Nos Braços de Um Anjo


Essa música sempre me tocou profundamente e neste momento ainda mais, porque estarmos nos braços de um Anjo agora é o melhor que podemos desejar...
Estamos no limiar de uma transição, em que estamos nos adaptando a um mundo totalmente novo e muitos de nós já não nos reconhecemos mais como éramos antes. Muitos se reconheceram como seres mais solidários à dor do outro e estão exercendo a compaixão, a solidariedade e a distribuição de amor e fraternidade àqueles que tem menos do que nós e outros estão com medo, muito medo do futuro e do desconhecido que está por vir.
Nós estamos com a oportunidade de fazermos história em nossas próprias mãos, pois poucos seres humanos tiveram a experiência de viver uma pandemia mundial, já que a última foi a gripe espanhola em 1918 e pouquíssimos seres humanos estão vivos hoje para nos contar essa história.
A maioria de nós não vivemos as duas grandes guerras mundiais e essa pandemia do Coronavírus é a nossa oportunidade de deixarmos registrados o nosso testemunho na História.
Muitos estão vivendo o luto de perder seus entes queridos, outros o luto de perder seus empregos, empresas e rendas, mas cada um sente esse momento de uma forma diferente, mas não menos dolorosa que os demais, pois como diz um velho ditado "cada um sabe onde lhe aperta o calo."
Muitas incertezas nos rodeiam neste momento, mas gostaria de deixar uma reflexão neste post, quem é você nesta crise? Ou seja, você é quem se adapta às mudanças e faz de tudo pra ser o protagonista dessa história? Ou é a pessoa que está em negação sobre o que está acontecendo e prefere não ver? Ou é aquele que sente que precisa mudar, que algo está errado e procura ajuda profissional?
Nós precisamos nos adaptar, pois nada será como antes, mas espero, do fundo do meu coração que a humanidade desperte, que possamos enxergar luz no fim do túnel e finalmente percebermos que somos melhores quando trabalhamos juntos, que o despertar de uma nova consciência mais evoluída depende dos serviços prestados por cada um de nós e das escolhas que fazemos a cada segundo de nossas vidas.



23 de junho de 2020

Filme: O Vendedor de Sonhos





Sinopse: Um psicólogo decepcionado com a vida tenta o suicídio, mas é impedido de cometer o ato final por intermédio de um mendigo. Uma amizade peculiar surge e, logo, a dupla passa a tentar salvar pessoas ao apresentar um novo caminho para se viver.

Data de lançamento: 8 de dezembro de 2016 (Brasil)
Direção: Jayme Monjardim
Música composta por: Alexandre Guerra
Roteiro: L.G. Bayão
Produção: L.G. Tubaldini Jr., Andre Skaf

Olá Pessoal,
Há bastante tempo não escrevo aqui e hoje resolvi retomar este projeto de escrever sobre o que eu leio, assisto, ouço, penso etc... Ou seja, passar um tempo refletindo e me cuidando e escrever é a melhor forma com a qual eu me expresso, ainda mais em tempos como esse de mudanças e incertezas.
Este filme "O Vendedor de Sonhos" foi produzido em 2016 e muitos de vocês já devem ter assistido, mas gostaria de escrever um pouco sobre o que senti ao assisti-lo, pois o tema se apresenta bem atual em tempos de Pandemia, aliás, infelizmente o tema Suicídio também é bem atual.
O que faz uma pessoa bem sucedida, um psicólogo famoso e renomado, como no filme, tentar o suicídio? E, em contrapartida, um mendigo com um passado misterioso ser famoso e ter milhões de seguidores?
Já se passaram três meses que o mundo parou para combater um inimigo invisível que atravessou fronteiras, quebrou barreiras sociais, econômicas, culturais, etnias, raças, religiões, etc e nos fez parar e olhar pra um mundo estranhamente desconhecido em que fomos "obrigados" a ficarmos em casa, em que nos foi recomendado a não beijarmos e nem abraçarmos mais ninguém por medida de segurança. Tempos estes em que o não contato transformou-se em uma declaração de amor e cuidado. Tempos em que o emocional aflorou nossas questões existenciais que estavam guardadas em meio à nossa bagunça interna e fomos obrigados a olhar pra ela e a nos compreendermos um pouco mais, ou não...
Isso me faz voltar à pergunta anterior: "O que faz uma pessoa pensar ou cometer o suicídio e um mendigo que todos querem ouvir e seguir?" Eu penso e sinto que não é a sua profissão ou o quanto há em sua conta bancária que te faz ser respeitado e amado e sim, quem você verdadeiramente é e acredita atrás das máscaras das convenções sociais.
Antes, se não aguentávamos o nosso vazio podíamos sair de casa, beber, vermos pessoas, viajar e logo esquecíamos a dor, mas e agora em que fomos trancados e "obrigados" a nos olhar e conhecermos como verdadeiramente somos? A vermos a nossa verdade nua e crua?
Muitos não aguentaram e estão terminando relacionamentos, outros não conseguem lidar com suas dores antigas que estão aflorando e se afundam nos vícios e outros tomam uma atitude extrema e tiram suas vidas.
Infelizmente o índice de violência doméstica aumentou nessa quarentena e mulheres que não têm para onde irem vivem com seus algozes, outros perderam os seus empregos e estão passando fome. Enquanto isso estamos vivendo a nossa maior crise política e econômica e a corrupção invadindo os noticiários a cada minuto e aumentando a nossa angústia e instabilidade ainda mais.
Por outro lado, muitos outros despertaram para a solidariedade e dividem o pouco que tem com os demais em pior situação. E também outros que demonstram um egoísmo exacerbado não se preocupando com o bem estar coletivo.
Bem, desde que o mundo é mundo convivemos com a dualidade, mas particularmente acredito que deste caos o mundo e as pessoas sairão um pouco melhores e valorizarão os pequenos momentos, a raridade que se tornou o estar com o outro e compartilhar de uma troca de amor, amizade e carinho. A natureza nos disse "CHEGA" e nos mostrou que a vida é um sopro.
Para finalizar, a lição do filme que ficou para mim é que vale a pena viver a realidade de quem verdadeiramente somos, não nascemos maus e as pessoas que verdadeiramente nos amarão são àquelas que conseguirem enxergar a beleza que temos em nossa essência como seres únicos. Não há cópia nenhuma no mundo igual à você. E quanto à você? Você se ama? Você se respeita? Está preparado ou preparada para viver o novo normal em um mundo novo?
Saiba que você só estará seguro(a) no autoconhecimento, sem medo, sem máscaras, sem fantasias e sem véus para se esconder em uma vida superficial que é como um castelo de areia sem alicerces.
Se descobrir é um ato profundamente doloroso mas quando você começa nesse caminho não consegue voltar atrás, mas também você não vai querer mais voltar ao que era antes...
Se a dor for muito grande procure ajuda profissional sem medo, sem travas e sem preconceito, sua saúde e sua vida são preciosas e você faz a diferença no mundo. Acredite!!