Há alguns séculos na colonização do Brasil os chamados Bandeirantes entraram nas matas fechadas e abriram estradas, enfrentaram cobras, onças e outros animais e talvez passaram fome, sede e frio, mas avançaram em condições adversas e aos poucos foram descobrindo a imensidão do Brasil que, à primeira vista parecia apenas uma pequena ilha perdida no meio do Oceano Atlântico.
Mas o que quero dizer com isso? Meu objetivo com essa história é fazer uma analogia com a nossa alma, com os desejos do nosso coração, pois muitas vezes ficamos tão perdidos nos afazeres, decisões e responsabilidades de cada dia e não olhamos para os anseios da nossa alma, de nossa verdadeira essência e do nosso ser integrado ao Universo e à Natureza. Ou seja, somos quase que completos desconhecidos de nós mesmos e nosso mundo interior muitas vezes se assemelha ao nosso Brasil da época dos Bandeirantes.
E cada dia é um processo de busca abrindo caminhos e estradas, enfrentando os nossos animais e monstros internos, pois temos sede de conhecimento e fome de algo maior que nutre o nosso espírito.
Nem sempre saberemos onde vamos chegar, qual caminho seguir e o que iremos encontrar, mas como na frase acima é preciso caminhar para que o caminho se abra, é preciso nos fortalecermos todos os dias para recomeçar a nossa viagem rumo ao desconhecido que somos nós mesmos.
Todos temos uma história, um propósito e uma missão maior, por isso não devemos julgar as histórias e os caminhos uns dos outros, pois cada um sabe o que traz em sua alma e suas dores e seus anseios.
Mesmo que você não saiba onde quer chegar, comece a caminhar e entregue-se ao novo e ao desconhecido e sua alma mostrará o seu caminho.