Sinopse
Três drag queens vão de Sydney até uma cidade turística no remoto deserto australiano para realizar seu espetáculo. Durante o caminho, Mitzi (Luciano Andrey), Felicia (André Torquato) e Bernadette (Ruben Gabira) estreitam laços de amizade e vivem grandes aventuras dentro do velho ônibus de excursão, carinhosamente apelidado de Priscilla.
Baseado no premiado filme “Priscilla, Rainha do Deserto” (1994), o musical já foi visto por mais de 2,5 milhões de pessoas desde a estreia em Sydney, em 2006. Já esteve em cartaz em Melbourne (Austrália), Auckland (Nova Zelândia), Toronto (Canadá), Londres (Reino Unido), Milão (Itália) e atualmente está no Palace Theatre, na Broadway (Nova York – EUA), onde foi visto por quase 300 mil pessoas
Estreou ontem em São Paulo no Teatro Bradesco o Musical Priscilla, Rainha do Deserto e eu não podia perder essa pois, sou fã de musicais e do filme e saí do Teatro pisando nas nuvens, sonhando e com vontade de dançar muito ao som dos flashbacks inesquecíveis de It's Raining Men, I Will Survive, Go West e outros hits inesquecíveis.
Eu, se fosse você, não perderia essa super produção de qualidade, puro glamour cheio de purpurina e luxo. Os atores e atrizes estão fantásticos e quem não gostaria de, por uma noite transformar-se em uma Diva e descer do céu e cantar no alto do ônibus mais famoso do cinema? Eu posso dizer por mim porque, depois de ontem, voltar à realidade é um grande desafio.
Lembrei-me com isso da cena em que Bernadete vê o ônibus e diz que não viajará nele e Felícia responde que é um avião e que só aparou as asas e ela tem toda razão pois, as asas desse avião ficou dentro de nós durante todo o espetáculo pois, enquanto elas, as Divas, viajavam pela estrada do deserto da Austrália, nós, pobres mortais, viajávamos pelo céu de puro encantamento.
A realidade dura das Drag Queens que, mesmo depois de quase 20 anos em que essa história foi escrita e levada ao cinema, se mantém absolutamente atual, apresentando o preconceito e a homofobia dando um tapa na cara sutil e repleto de classe em todos àqueles que insistem em não ver que no terceiro milênio somos apenas gente, seres humanos com o coração batendo descompassado em busca dos nossos sonhos e tentando ser feliz.
Eu tenho muita coisa a dizer porque meu coração transborda de pura alegria com o que vi e vivi ontem mas, só posso finalizar dizendo ao elenco, direção e produção de Priscilla que somente farei uma pequena oração pra vocês "I Say a Little Prayer", e desejo vida longa à Priscilla e muito sucesso e obrigada...muito obrigada mesmo por trabalharem duro para nos fazer sonhar...