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23 de junho de 2020

Filme: O Vendedor de Sonhos





Sinopse: Um psicólogo decepcionado com a vida tenta o suicídio, mas é impedido de cometer o ato final por intermédio de um mendigo. Uma amizade peculiar surge e, logo, a dupla passa a tentar salvar pessoas ao apresentar um novo caminho para se viver.

Data de lançamento: 8 de dezembro de 2016 (Brasil)
Direção: Jayme Monjardim
Música composta por: Alexandre Guerra
Roteiro: L.G. Bayão
Produção: L.G. Tubaldini Jr., Andre Skaf

Olá Pessoal,
Há bastante tempo não escrevo aqui e hoje resolvi retomar este projeto de escrever sobre o que eu leio, assisto, ouço, penso etc... Ou seja, passar um tempo refletindo e me cuidando e escrever é a melhor forma com a qual eu me expresso, ainda mais em tempos como esse de mudanças e incertezas.
Este filme "O Vendedor de Sonhos" foi produzido em 2016 e muitos de vocês já devem ter assistido, mas gostaria de escrever um pouco sobre o que senti ao assisti-lo, pois o tema se apresenta bem atual em tempos de Pandemia, aliás, infelizmente o tema Suicídio também é bem atual.
O que faz uma pessoa bem sucedida, um psicólogo famoso e renomado, como no filme, tentar o suicídio? E, em contrapartida, um mendigo com um passado misterioso ser famoso e ter milhões de seguidores?
Já se passaram três meses que o mundo parou para combater um inimigo invisível que atravessou fronteiras, quebrou barreiras sociais, econômicas, culturais, etnias, raças, religiões, etc e nos fez parar e olhar pra um mundo estranhamente desconhecido em que fomos "obrigados" a ficarmos em casa, em que nos foi recomendado a não beijarmos e nem abraçarmos mais ninguém por medida de segurança. Tempos estes em que o não contato transformou-se em uma declaração de amor e cuidado. Tempos em que o emocional aflorou nossas questões existenciais que estavam guardadas em meio à nossa bagunça interna e fomos obrigados a olhar pra ela e a nos compreendermos um pouco mais, ou não...
Isso me faz voltar à pergunta anterior: "O que faz uma pessoa pensar ou cometer o suicídio e um mendigo que todos querem ouvir e seguir?" Eu penso e sinto que não é a sua profissão ou o quanto há em sua conta bancária que te faz ser respeitado e amado e sim, quem você verdadeiramente é e acredita atrás das máscaras das convenções sociais.
Antes, se não aguentávamos o nosso vazio podíamos sair de casa, beber, vermos pessoas, viajar e logo esquecíamos a dor, mas e agora em que fomos trancados e "obrigados" a nos olhar e conhecermos como verdadeiramente somos? A vermos a nossa verdade nua e crua?
Muitos não aguentaram e estão terminando relacionamentos, outros não conseguem lidar com suas dores antigas que estão aflorando e se afundam nos vícios e outros tomam uma atitude extrema e tiram suas vidas.
Infelizmente o índice de violência doméstica aumentou nessa quarentena e mulheres que não têm para onde irem vivem com seus algozes, outros perderam os seus empregos e estão passando fome. Enquanto isso estamos vivendo a nossa maior crise política e econômica e a corrupção invadindo os noticiários a cada minuto e aumentando a nossa angústia e instabilidade ainda mais.
Por outro lado, muitos outros despertaram para a solidariedade e dividem o pouco que tem com os demais em pior situação. E também outros que demonstram um egoísmo exacerbado não se preocupando com o bem estar coletivo.
Bem, desde que o mundo é mundo convivemos com a dualidade, mas particularmente acredito que deste caos o mundo e as pessoas sairão um pouco melhores e valorizarão os pequenos momentos, a raridade que se tornou o estar com o outro e compartilhar de uma troca de amor, amizade e carinho. A natureza nos disse "CHEGA" e nos mostrou que a vida é um sopro.
Para finalizar, a lição do filme que ficou para mim é que vale a pena viver a realidade de quem verdadeiramente somos, não nascemos maus e as pessoas que verdadeiramente nos amarão são àquelas que conseguirem enxergar a beleza que temos em nossa essência como seres únicos. Não há cópia nenhuma no mundo igual à você. E quanto à você? Você se ama? Você se respeita? Está preparado ou preparada para viver o novo normal em um mundo novo?
Saiba que você só estará seguro(a) no autoconhecimento, sem medo, sem máscaras, sem fantasias e sem véus para se esconder em uma vida superficial que é como um castelo de areia sem alicerces.
Se descobrir é um ato profundamente doloroso mas quando você começa nesse caminho não consegue voltar atrás, mas também você não vai querer mais voltar ao que era antes...
Se a dor for muito grande procure ajuda profissional sem medo, sem travas e sem preconceito, sua saúde e sua vida são preciosas e você faz a diferença no mundo. Acredite!!

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